Devocional

“A TEOLOGIA DA PREGAÇÃO” Estudo Bíblico com Pr. Gadiel Brizola

“Prega a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm. 4.2)

Esse texto poderia definir o Ministério da Pregação numa ordem central. Nele, o apóstolo Paulo conclama a Timóteo e todos os que almejam o Episcopado à habilidade de ensinar e pregar. Se faz necessário aos ministros de hoje, além de habilidade, competência, pois essa é nossa vocação, “quer seja oportuno ou não”. A pregação do evangelho se enquadra na função pastoral de alimentar o rebanho que está aos seus cuidados. O vocábulo grego que define o ministério pastoral é poimen. Ele remonta para as tradições mais antigas da Igreja quando ainda se tentava definir o papel do pastor em relação à sua comunidade. Nessa tradição, o próprio Cristo se autocompreendeu como o bom pastor que zela pelas suas ovelhas. Em suma, é a expressão prática do chamado para estar ao lado, caminhar junto e desenvolver intimidade com alguém. Além do cuidado, precisa alimentar como um chef de cozinha que prepara o melhor alimento para apresentar ao que está assentado à mesa. O ministro, pastor, pregador ou ensinador, precisa estar ciente de sua responsabilidade em oferecer sempre o melhor aos que o ouvem.
Mark Dever, pastor da Igreja Batista de Capitol Hill, define a pregação (e principalmente aquela de modo expositivo), “como a tarefa pastoral mais importante para o desenvolvimento de uma igreja saudável.” Tudo flui da Palavra, ela é o ponto central e puro para um alimento nutritivo aos que ouvem. A exposição do evangelho traduz o ponto focal da vocação pastoral. Como diz Steven Lawson: “Trata-se da maior glória de um pregador, expor a majestade e supremacia do Senhor Jesus Cristo.” Esse é o propósito de Deus para o homem, que sejamos “moldados conforme a imagem de seu filho. ”
Ian Murray, em seu livro O Spurgeon esquecido, revela que o ministério de Charles Spurgeon foi inteiramente focado na pregação do evangelho. Murray relata um incidente no qual o Príncipe dos Pregadores entrou no Crystal Palace, em Londres, para testar a acústica onde uma conferência seria realizada. O que saiu da boca de Spurgeon foi o que havia de mais excelente em seu coração. Ele disse, “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Um operário que estava no telhado, ao ouvir a frase, desceu e correu até Spurgeon e lhe disse: “Eu devo ser salvo, pois acabei de ouvir Deus falar comigo”. “E o que ele disse? ”, Spurgeon perguntou; o homem lhe respondeu, “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. ” A palavra de Deus deve estar saturada em nosso coração. O pastor como pregador deve ter a consciência de que sua mensagem é uma seta inflamada e direcionada para o alvo do coração do ouvinte, a fim de magnificar a glória de Cristo.

Pr. Gadiel Brizola
• Pastor Auxiliar na Assembleia de Deus em Salto do Jacuí – RS
• Bacharel em Teologia / Pós-Graduado em Teologia e Interpretação Bíblica pela FABAPAR
• Bacharel em Ciências Contábeis pela UFSC

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