Estudos Bíblicos

“Jesus, Israel e a Igreja na propagação do Evangelho” – Pr. Amós Anger


Abordaremos algumas conjecturas sobre importante tema do cristianismo, que, consideramos de maior relevância para os cristãos hodiernos. Desde a morte e ressurreição de Jesus vemos a formação da igreja, organismo vivo, que Paulo bem descreve em seus escritos como o corpo de Cristo aqui na terra. Dentro das diretrizes e formação da igreja surgem algumas questões ou regras de desenvolvimento da mesma.
Israel a nação escolhida por Deus, agraciada através da promessa do Eterno a Abraão, o pai da fé, teve relevante participação na história da humanidade e das nações hoje existentes no mundo. Por que não dizer que o mundo ainda gira em torno de Israel e a promessa de Deus ao seu povo?
Porém é necessário analisarmos que durante a história, embora esta nação tenha passado por inúmeras afrontas e guerras, motivadas pelo espírito antissemita que habita na terra, ela se mantem austera, devido às inúmeras intervenções divinas inclusive na história contemporânea, como ocorreu na Guerra dos Seis Dias.
Mas às viúvas da Lei, preciso dizer que, embora a grandeza da promessa feita a Israel e sabendo a sentença divina em seu favor, esta nação não conseguiu cumprir um dos mais importantes propósitos de Deus em sua criação. Visto que ao escolher e privilegiar este povo o Eterno estava também fornecendo ao mundo um exemplo de como viver na dependência do Todo Poderoso!
Então vindo Jesus e cumprindo a Lei, permite Ele que não mais os povos da terra olhem como exemplo a nação de Israel, povo este que ainda detem a promessa divina, porque Deus não é homem para que minta nem filho de homem para que se engane, mas que olhem para a cruz onde o filho de Deus executa o plano de salvação da humanidade, profetizado pelo próprio Pai, no chamado “proto” Evangelho de Gn 3 15, onde sem sombra de dúvidas inicia na terra a preparação para a formação daquilo que hoje chamamos igreja ou corpo de Cristo.
Cristo antes de sua crucificação ensina aos seus discípulos e em detalhes explica, da necessidade dos evangelizados de proclamar a mesma mensagem que Ele pregou em sua estada aqui na terra. Ao lermos o capítulo vinte e oito do Evangelho de Mateus, em seus versículos dezoito, dezenove e vinte e assim como em todos os outros Evangelhos, é citada esta passagem, entendemos que é de sumo interesse de nosso Mestre que as nações sejam ensinadas.
Por que é necessário que as nações sejam ensinadas? Voltemos a Gn 3.15 a sentença de Deus é pra semente da mulher e então obviamente a todos os povos da terra. Como a nação de Israel não conseguiu ter êxito completo em sua função e isto não era possível, pois Paulo diz que a Lei estava enferma, não a Lei de divina recebida por Moisés no cume do monte, mas sim os enxertos anexados pelos legalistas.
Quando Cristo diz assim: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado.” Jo 3.14. Ele está convidando os povos a olhar para Ele como referência. Esta dizendo: Antes de mim olhava-se para Israel e para a providência divina sobre eles, porém agora estou aqui, olhai para mim eu sou a referência!
Portanto Jesus conclama em todos os Evangelhos anunciai as nações este é o serviço cristão. Ao inaugurar a igreja no Dia de Pentecostes, com a preciosa experiência do derramar do Espírito Santo a congregação entendeu o significado desta recomendação e então o tímido e acanhado Pedro recebe coragem para expressar tudo o que sabia e tinha escutado de seu Mestre, pois Cristo tinha prometido em um momento anterior que quando viesse o Consolador faria eles se lembrar de tudo quanto tinham visto e ouvido. Aproveito a deixa e lembro da necessidade de estarmos sempre ouvindo e vendo nas Escrituras as grandezas do soberano para que no momento certo tenhamos da parte do Espírito Santo a lembrança do que estudamos. Como igreja temos cumprido esta missão de proclamarmos o Evangelho que Cristo pregou? Ou estamos preocupados com posições sociais, cargos ministeriais, nosso próprio eu, ou em entrarmos em vãs discussões? Lembremo-nos do querido apóstolo que nos recomenda a estreitarmos os laços com o autor e consumador da nossa fé. Ao prestarmos atenção a estes três versículos finais do Evangelho de Mateus, vemos que, como nos outros Evangelhos a missão da igreja está em aberto e o ato de fazer discípulos nos chama para vivermos uma vida irrepreensível para que então sigamos o exemplo do estimado irmão Paulo e digamos sem medo, sede meus imitadores assim como sou de Cristo Jesus!
O ato de batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo faz com que a igreja deixe sua marca por onde passar, pois o testemunho público dos então convertidos gera uma expectativa em quem não é igreja ainda, que então passa a observar o cristão confesso, analisando as atitudes do mesmo, assim como os povos olhavam para Israel. E se os atos deste crente condizem com os de Cristo então o mesmo está ensinando os povos a “guardar todas as coisas que vos tenho mandado”, pois sabemos que o exemplo ensina mais do que as palavras.
E Israel deve ser observado por quem? Jesus recomendou em seu sermão profético que devemos olhar para a figueira, isto é, para a nação de Israel, quando ela estiver em rebroto, próximo está o fim. A igreja deve observar a Israel como relógio de Deus dizendo há quanto tempo estamos do fim, ou da volta do noivo amado, que estamos ansiosos a sua espera. É bem verdade de que quanto mais perto do fim mais o amor se esfria e mais difícil se torna o ato de fazer discípulos, de evangelizar, mas Ele prometeu que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos (v.20). Sim até a consumação de todas as coisas aqui na terra Ele estará conosco e não mais aquele Jesus com o rosto sofrido, homem de dores ou como aquele que as pessoas que o viam viravam o rosto, como profetizou Isaias, mas sim o do versículo dezoito. “É me dado todo o poder no céu e na terra!”

Pr. Amós Anger

Presidente da AD JARI

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