Devocional

QUEM FOI AGUR ? Estudo Bíblico com Pr. Diogo Roos

Estudo Bíblico Devocional

(Pv 30.1) “Palavras de Agur, filho de Jaque, o masaíta, que proferiu este homem a Itiel, a Itiel e a Ucal”.

 דִּבְרֵי ׀ אָגוּר בִּן־יָקֶה הַמַּשָּׂא נְאֻם הַגֶּבֶר לְאִֽיתִיאֵל לְאִיתִיאֵל וְאֻכָֽל׃

Divrêy ‘Agur bin-Yaqeh hamasa’a ne’um hagever le’iytiy’el le’iytiel ve’uchal.

(Texto hebraico original com transliteração).

No texto citado acima, mensiona-se o nome de “Agur”; mas quem foi ele? Muitas especulações tem sido levantadas a respeito deste tema; visto que, não se tem conhecimento na história da existência real deste personagem citado na narrativa de provérbios.

No estudo da bíblia, devemos respeitar seu paradigma cultural e linguístico, se quisermos fazer uma exegese correta da Palavra de Deus. Então, segundo a literatura rabínica, tal passagem trata-se na verdade, de uma metonímia (figura de linguagem usada para substituir um termo por outro). Logo, Agur na verdade é um nome simbólico para Salomão, visto que esta palavra “אָגוּר = Agur” singnifica: “aquele que reuni, ajunta, recolhe entre os sábios”. Mas recolhe o quê? A sabedoria, o conhecimento para depois “יָקֶה = Yaqeh = Jaque” que significa: “regorgitar, proferir”. Ou seja, o sábio é aquele que reune a sabedoria de Deus, recolhe os ensinamentos da Palavra do Eterno e as profere entre o povo.

Esta interpretação é relatada por um dos maiores exegetas do estudo bíblico chamado Rashi, corroborado pelo Midrash Tanchuma buber, e ainda o Sifrei Devarim. Ou seja, na literatura rabínica, não há dúvida, de que este personagem chamado Agur, trata-se de algo figurativo usado pelo sábio Salomão para referir-se a si próprio. Logo, Agur éra Salomão, usando de um simbolismo, próprio dos hebreus antigos.

A Vulgata Latina verteu como: “As palavras do coletor, o filho do proferidor”. Entendendo esta tradução, que Agur era mesmo um nome símbólico para “coletar, reunir, ajuntar”.

Sejamos pois, como o sábio Salomão; aquele que “reuniu, ajuntou, coletou” as revelações da Palavra de Deus e depois as “regorgitou” ou seja, proferiu a sabedoria que aprendeu, edicando aqueles que lhe ouviam.

O Senhor Jesus disse: “…a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45). De igual modo, como quis dizer Salomão de forma figurativa; que coletemos as revelações da Palavra do Altíssimo, nos enchemos dela, para falar, proferir, a esta geração sedenta, das grandezas de Deus. Que possamos ser os “Agur” deste tempo!

Que Deus vos abençoe em Cristo.

Pr. Diogo Roos

Ministro do Evangelho,

co-pastor na Igreja Assembleia de Deus de Passo Fundo/RS.

Professor de Teologia na Escola Teológica Corbã, e dos idiomas Hebraico e Grego.

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